Após o sacrificio da inocente Duke e a morte de Arowen pelos lobisomens, novas discussões e suspeitas tinham emergido entre a comunidade da Aldeia.
No final do conselho dos aldeões e sem muito concenso, todos votaram uma nova suspeita, um novo sacrificio.
Desta vez a suspeita recaía sobre Cristina Barbosa.
Cristina Barbosa olhava-os a todos, surpreendida.
-Não posso acreditar, vocês querem sacrificar OUTRO INOCENTE?? SOU UMA DE VÓS, CONHECEM-ME HÁ ANOS... E QUEREM-ME MATAR? NÃO...
Entretanto os aldeões, devagar, já tinham começado a rodear Cristina.
- NÃO, NÃO LARGUEM-ME, LARGUEEEMM-ME.
Agarrada por ambos os braços e rodeada por aldeões, foi quase levada sem tocar no chão até ao cepo no centro da aldeia. Tentou libertar-se todo o caminho e deu pontapés a varios aldeões que a seguravam enquanto berrou todo o caminho
- LARGUEM-ME...
-EU SOU INOCENTE...
-INOCENTE, EU SOU INOCENTE...
Durante o caminho para o cêpo os berros eram ainda mais fortes.
- SOU INOCENTE.... LARGUEM-ME
E de repente a voz começa«ou a ficar mais grave e profunda enquanto berrava.
Os aldeões olhavam para Cristina e ela parecia começar a ficar mais alta.
Pêlos começavam a aparecer onde não existiam e garras começaram a substituir unhas ...
- SOU INOCENTE
E a voz já era cavernosa.
Cristina libertou os braços e agarrou os dois aldeões que a tinham prendido e atirou-os para a frente, pelo ar, quase sem esforço.
A roupa dela começou a romper as costuras conforme crescia cada vez mais.
Toda a gente olhava o aparecimento de um LOBISOMEM.
O Lobisomem olhou para o céu e um RUGIDO alto e medonho saiu da grossa garganta e preencheu o ar.
As aldeãs começaram a berrar e os homens ficaram parados, parvos, a olhar em choque sem saber o que fazer.
O Homem do talho, depois de ter cometido um "assassinato", procurava a redençao.
Foi o unico a manter o sangue frio no meio de aldeões que começaram a fugir e de mulheres agarradas ás saias e a gritar de terror.
Por detrás do lobisomem deu um salto e com um só golpe do cutelo arrancou-lhe fora a cabeça.
O corpo do Lobisomem ainda se manteve de pé uns segundos, sangue a espichar para o ar, roupas rasgadas a roçar o chão.
E então tombou para a frente no chão, com um estrondo seco, e o sangue continuou a correr. Na cabeça do Lobo ainda os olhos dardejaram mais um pouco até se fixarem num ponto longinquo.
A uma só voz ouviu-se
- VIVAAAAAA
E ao mesmo tempo todos correram na direcção do homem do talho.
- VIVAAAA
E levantaram-no do chão...
Em peso e ao som de vivas, lagrimas de alegria e risos freneticos levaram um homem mais leve de culpa ao bar da aldeia para festejar a morte de UM Lobisomem.
Sem que já ninguem estivesse presente, um aldeão pousou a mão sobre a cabeça do Lobisomem morto e fechou-lhe os olhos e disse baixinho.
. Serás vingado irmão....