Nessa madrugada, ainda a luz do sol aparecia timida no céu, um vulto encapuzado saiu ás ruas da aldeia com uma saco pelas costas.
Ao minimo barulho, parava...
Ao som de qualquer animal madrugador, voltava a parar...
Mas continuava lesto o seu caminho até á orla da aldeia, sempre a olhar para trás.
Mesmo estando perdida de terror.
Tinha acordado pouco depois de adormecer, com uma dor de cabeça monumental, mas ouviu distintamente os gritos de Zelena.
Zelena, uma das suas maiores amigas... e não teve coragem de se levantar e tentar acudir, paralisada pelo medo.
Não queria ser vista por ninguém na sua partida.
Muito menos ser caça de Lobisomem de madrugada.
A aldeia tinha deixado de ser segura e decidiu emigrar para outras paragens.
Algum sitio onde não existisse o termo "Lobisomens".
Queria casar e ter filhos, uma casa com um quintal grande com gansos e uma Vaca igual á da Anab... coitada da Anab...
E nesta aldeia, o futuro não prometia isso....
Tarde da manhã, os aldeões reparam no pergaminho espetado na porta de ASPIRINA com as palavras.
"Perdoem-me, tive de partir. Não posso mais, viver assim... "