A mensagem é muito longa e torna-se muito difícil responder, ainda para mais quando se está a falar em abstracto, de mudanças anunciadas e não concretamente, com conhecimento de causa, mas mesmo assim vou elencar alguns tópicos que me parecem essenciais, sem prejuízo de retomar esta discussão noutro comentário.
1 - Falo por mim e por todos quando digo: ninguém deseja que os jogadores iniciantes sofram desvantagens injustificadas.
Todos nós já fomos jogadores iniciantes. Faço torneios, pelo menos, de há 2 anos a esta parte e pude constatar como o grau de dificuldade dos torneios era proporcional para o nível/capítulo do jogador e como ia gradualmente aumentando: mais difícil nas províncias em que não tinha jogadores mais evoluídos ou maravilhas que bonificassem o ataque daquele tipo de tropa.
Há múltiplos factores que permitem diferenciar o grau de dificuldade das lutas - os batalhões inimigos são maiores, as tropas inimigas são diversificadas, as tropas inimigas estão evoluídas (3 estrelas), o esquema de jogo tem obstáculos defensivos que atrapalham a progressão das tropas.
Novamente, não consigo perceber qual a razão para adicionar novos factores de diferenciação de dificuldade ao jogo, para além dos que já conhecemos, que eram equilibrados e para os quais orientamos anos de estratégia de jogo. Voltarei a este ponto, lá mais para a frente.
2 - Dupla contabilização de factores de dificuldade.
Se não compreendi mal, será considerado como factor agravativo da dificuldade dos torneios o n.º de expansões premium (desta vez não me enganei no nome
), o número e grau de evolução das MA e ainda a pontuação do jogador.
O que cada jogador faz com as expansões premium que compra é consigo, mas uma coisa é certa: a larga maioria utiliza o espaço extra para colocar uma MA que considera imprescindível, residências ou até fábricas. Ou seja, ter expansões premium é duplamente prejudicial nos torneios: perdemos por as ter e também pelo extra de pontuação que conseguimos com as mesmas. Ter MA também é duplamente prejudicial, prejudica-nos no n.º e na sua evolução e ainda na pontuação que nos concede. Da minha perspectiva ou contabilizam o factor pontuação, ou contabilizam o factor expansões e MA. Utilizar ambas, para além de desleal - porque só realizado nesta fase tão avançada do jogo - é dupla tributação (da má memória).
3 - Mudar as regras do jogo - problemas de estratégia.
Quem joga este jogo há longos anos, adaptou a sua cidade (escolhendo umas MA em detrimento de outras) consoante as suas preferências, mas sobretudo as suas bonificadas. Acho que não estou enganada quando afirmo que os torneios nas províncias bonificadas é mais fácil do que nas restantes. Tendo esta afirmação em consideração, para mim compensa largamente ter MA para um tipo de tropa - que coloco - deixando de parte as outras MA, porque não há espaço para todas.
Com a utilização indiscriminada de tropa aos longo do torneio - sendo todos os torneios iguais - perde-se este factor estratégico - torna-se necessário ter todo o tipo de tropa - e para os jogadores mais recentes é muito mais difícil ter e manter bons níveis de tropa.
Mais, as novas alterações também vêm aniquilar qualquer estratégia e preparação por parte dos jogadores individualmente e das irmandades nos torneios combinados.
Ou seja, para as irmandades mais pequenas que organizam esforços - e trocam informações entre si sobre as melhores estratégias - para ganhar mais arcas em torneios seleccionados, torna-se indiferente discutir quais as tropas que convém guardar, quais as melhores MAs.
Vem diminuir a dificuldade, nivelando por baixo o conhecimento das tropas, tornando todos os jogadores iguais - e repare-se, todos nós tivemos de ler muita tralha e experimentar muitos torneios até começar a lutar melhor. E retomo o argumento que descrevi supra: é muito mais difícil para um jogador recente ter níveis altos e variados de tropa.
Para além de que, aqui já é uma questão de princípio: nivelar os jogadores por baixo nunca é uma boa ideia - o que faz jogos deste género produtivos é a resiliência dos jogadores que investiram tempo/esforço/dedicação no jogo, para o entender e jogar melhor.
4 - Não me passou despercebido como de 4000 pontos num torneio, que era considerado muito bom, passei a ter de fazer 12000 para ficar no mesmo lugar no rancking.
O que mudou: pudemos passar a fabricar na academia de magia edifícios bonificadores de tropa e os instantes de tempo tornaram-se disponíveis, possibilitando a aceleração de produção de tropa.
Aliás, estes dois factores conjugados tornam qualquer maravilha, ou mesmo a fénix do fogo, irrelevante.
Foram alterações introduzidas pela INNO que vieram desequilibrar o jogo - alterações que estão disponíveis para todos os jogadores: qualquer jogador activo pode colocar a produzir esses edifícios e tem igual probabilidade de produzir ou ter acesso aos instantes de tempo. No entanto, são os jogadores mais avançados que melhor proveito tiram dessas vantagens, conseguindo as pontuações estrondosas que vemos todas as semanas.
5 - Não deixa de ser curioso como o capítulo XVI tem 2 MA cuja única utilidade é dar mais pontuação ao jogador. Para além do aumento absurdo de população das evoluções desse capítulo. Compensará continuar a jogar Elvenar?
Conclusão:
Não consegui falar sobre tudo o que queria, estou já a meter-me em assuntos que não domino: tenho poucas MAs, estão pouco evoluídas, tenho poucas expansões premium e apesar de gostar de esticar-me no torneio e ganhar pontos na 2.ª e 5.ª ronda, gosto mais do esforço de equipa que desenvolvemos como irmandade, quando lutamos pela 10.ª arca.
O que escrevi são posições de princípio, tomadas em abstracto, mas pensadas e sentidas. Fica no final uma certa desilusão.
Venha o novo formato, para poder comentar com conhecimento de questão.
A mudança é inevitável, está à porta, não sei se compensa comentar, até porque - e aqui trago-vos o comentário unânime da minha irmandade - esta semana o torneio está a ser muito mais difícil - mesmo sem que tivessem sido anunciadas quaisquer alterações.