Curiosidades Lenda da nossa Senhora das Salas

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Lenda de Nossa Senhora das Salas
Dona Vetaça (ou Betaça) Lescaris, princesa grega, vem para Portugal para servir como dama de honor de Dona Isabel, que ia casar com o rei Dom Dinis. Entrando em águas portuguesas, o seu barco é recebido por uma tempestade. No desespero, Betaça promete construir uma capela em louvor da Virgem no primeiro porto que encontrar. E que o castelo mais próximo fica com a relíquia do Santo Lenho que traz consigo.

Dona Vetaça salva-se e as promessas são cumpridas. Sines, o porto, fica com a capela (construção primitiva da Igreja de Nossa Senhora das Salas). Santiago do Cacém, de cujo termo Vetaça será dona, fica com o fragmento da Cruz de Cristo.

A primeira ermida é uma construção austera, um pouco mais a leste do que a atual, sobre a nascente que hoje alimenta a Fonte da Dona Betaça.
 

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LENA DA BEZERRA DE MONSANTO


Em tempos muito antigos estava Monsanto cercada por tropas romanas já há sete duros e terríveis anos. Os seus habitantes tinham sofrido muito e visto morrer muitos dos seus mas não se rendiam. Ao velho chefe da aldeia apenas lhe restava uma única filha, cujos irmãos mais velhos tinham sido todos mortos pelo inimigo. O velho chefe queria que a sua filha fugisse e se pusesse a salvo com o seu rebanho mas esta recusava heroicamente, dizendo-lhe que tinha jurado resistir aos invasores até à morte. Foi então que o chefe lhe disse que como estavam esgotados todos os víveres, ela deveria sacrificar o seu último rebanho e reparti-lo com os habitantes. Talvez assim conseguissem aguentar mais uma semana... Essa semana passou e os soldados romanos aperceberam-se da trágica situação dos sitiados e exigiram a sua rendição mais uma vez. O velho chefe sentia-se perdido mas a sua filha disse-lhe que não esmorecesse porque tinha guardado uma bezerra gorda e tinha um estratagema que a todos salvaria. O velho chefe chegou ao cimo das muralhas e, com uma segurança que a todos surpreendeu, gritou aos romanos que não se renderiam porque tinham ainda muita comida e como prova disso atirou-lhes a bezerra que tinha sobrado do jantar do dia anterior. E que se quisessem mais era só dizer. O cônsul romano cansado de tantos anos de cerco resolveu retirar para Roma, onde tinham pedido a sua presença. A alegria dos habitantes foi enorme e deu lugar a uma grande festa que se tornou uma tradição que ainda hoje se comemora em Monsanto. Todos os anos, os monsantinos festejam ao som do adufe e lançam das muralhas do castelo cântaros enfeitados que simbolizam a bezerra do cerco de Monsanto.
 

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Lenda do Senhor da Pedra
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Uma das romarias que ainda consegue manter o equilíbrio entre as suas vertentes religiosa e pagã é a do Senhor da Pedra, na freguesia de Gulpilhares, no concelho de Vila Nova de Gaia. Mesmo fora do seu dia de festa, aquele santuário batido pelas ondas atlânticas é chamariz para centenas de peregrinos.

Pois reza a lenda que, há séculos, os habitantes da freguesia se empenharam em construir uma capela num largo chamado do arraial. Ora quando as paredes começaram a erguer-se, nas pedras da beira-mar surgiu uma luzinha apelativa da atenção de todos. E os de Gulpilhares entenderam a mensagem. Era aquele e não outro o lugar onde deveria ser erguida a capela, que ali tomou o nome de Senhor da Pedra.

O visitante do lugar, se contornar a capelinha, encontrará atrás uma marca na pedra, uma marca em forma de tosca ferradura. Se perguntar a alguém da terra o que vem a ser aquilo, receberá como resposta:

– É a pegada de um boi bento que por ali passou…

O Grande Livro das Tradições Populares Portuguesas


 
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