Novo Prólogo Livro Elyon

  • Iniciador do tópico DeletedUser636
  • Data de início

DeletedUser636

Ex-Membro
Ex-Membro
Olá meus amigos,

Como sabem eu sou meio escritor e acabei de escrever o prólogo do meu livro de fantasia, queria saber a vossa opinião!

Pode ser?

[FONT=Arial, sans-serif]Caia a noite em Manhattan, com o zunir do trânsito e as vozes dos transeuntes a encher o ar, estes nem se apercebiam que uma figura alta carregava no colo um bebé adormecido pelo cântico entoado pela mesma, os seus passos eram largos e apresados em direcção ao que seria o orfanato da rua, os seus cabelos longos prateados esvoaçavam enquanto esta prosseguia a sua viagem até que alcançou a escada do edifício que outrora era um convento de freiras de pedra gasta pelo tempo, possuía duas torres na fachada e cada uma com uma cruz a encimar-lhe, degrau a degrau a figura ia entoando e alisando a cara do bebé que continuava num sono profundo, assim que chegou ao topo das escadas ela tocou na campainha e conseguiu ouvir crianças a aproximarem-se da porta extasiadas com a ideia de uma visita, antes que a responsável abrisse a porta a figura deitou o bebé no parapeito da porta, debruçou-se sobre ele e beijou-o na testa, deixando um envelope dentro das cobertas que o embrulhavam, levantou-se e olhou em seu redor para a rua onde estava, quando o clique da porta se ouviu a figura esfumou-se, a porta abriu-se e uma senhora forte e baixa com vestes de freira procurou pela pessoa que tocou, mas sem sorte virou costas para voltar a fechar a porta até que uma das crianças que estavam perto indicou o bebé que estava embrulhado no chão.[/FONT]
– Oh meu Deus – disse a freira com as mãos na cabeça, apressou-se a pegar no bebé e a ordenar as crianças que regressassem para o interior do edifício, acariciando a face do bebé que continuava a dormir, a freira embrenhou-se para o interior até à sala que estava iluminada por um grande candelabro, essa mesma sala tinha uma grande escadaria que levaria aos pisos superiores e a freira subiu com o bebé até ao segundo piso, continuou pelo corredor que tinha várias portas até que abriu a porta que finalizava esse corredor, dentro do compartimento com duas grandes janelas por detrás de uma secretária onde estava um senhor de idade com os óculos pousados na ponta do seu nariz, este não se apercebeu da presença da freira e continuou a ler o grande livro que se encontrava em cima da secretária, até que a freira retirou o envelope que estava nas mantas que embrulhavam o bebé e o deixou em cima da secretária, o senhor olhou para ela espantado pelo envelope e abriu-o e leu-o em silêncio, quando o pouso de volta na secretária o homem encostou-se na cadeira e sugou uma lufada de ar.
- Que Deus proteja essa criança – disse ele, seguindo de um grande trovão que parecia ter caído na estrada ao lado do orfanato, a freira guinchou com o susto e o homem levantou-se de imediato da cadeira, o bebé com o barulho despertou assustado e começou a chorar, os seus olhos abriram-se e a freira voltou a gritar, deparando-se com um olho azul claro e o outro onde o castanho e o verde se misturavam, o homem aproximou-se da freira e ordenou que levasse a criança para outro quarto, esta atónita ainda com o olhar do bebé e a tentar acalma-lo dirigiu-se para o quarto que seria o berçário de todos os bebés que aparecessem na porta como o que carregava no colo a chorar, composto por dois berços onde tinha uma cadeirão velho comido pela traça e um guarda-roupa e uma cómoda, a freira ainda perplexa deitou o bebé num dos berços e embalou-o de modo a acalmar a criança agitada, depois de algumas horas a freira conseguiu e sentou-se no cadeirão ainda a pensar nos olhos estranhos que o menino, que agora dormia tinha, nunca tinha visto tamanha diferença de cor nos olhos das milhares de crianças que o orfanato recebia desde que assumira o compromisso de cuidar de crianças órfãs, estava cansada e não conseguia parar de pensar no porque de abandonarem bebés e no que poderia estar escrito na carta que o Padre leu, a sua curiosidade abriu-lhe a imaginação para uma data de hipóteses mas ela não poderia largar o menino que na altura era o único bebé que o orfanato tinha, levantou-se olhou de novo para o berço agora ocupado na tentativa de se certificar que o ocupador continuara a dormir, dando-lhe as costas a freira saiu do quarto e desceu para os seus afazeres.

Ainda na secretária o padre voltou a colher a carta em suas mão e volta a ler o texto escrito com linhas finas a a preto, com uma caligrafia trabalhada, algo deveras majestoso e bonito que ele nunca tinha visto.

[FONT=Arial, sans-serif]«O equilíbrio e a harmonia dos mundos está em perigo, só o amor incondicional entre duas raças diferentes pode restaurar o equilíbrio e a harmonia deles.[/FONT]

P.S: Cuide do bebé.»
 
Topo